A família e o uso de drogas
As
drogas estão presentes na sociedade e têm sido alvo da atenção de muitas
famílias, seja pela preocupação com aqueles que não usam ou pararam de usar, ou
com os que fazem uso.
A
família tem um importante papel social e pode contribuir na prevenção do uso,
na busca de ajuda com a Rede Renova Vida no apoio ao tratamento de quem está
tendo problemas com o consumo ou dependência. Refletir sobre o uso de drogas no
contexto social tendo como foco a família é importante para se buscar melhores
formas para lidar com esta questão. Há drogas prejudiciais à saúde e outras que
são necessárias, a exemplo dos medicamentos. E preciso parar e refletir.
Família
Nos
dias atuais ainda está presente a idéia de que famílias ‘desestruturadas’ (fora
do padrão) são a maior causa dos problemas com o uso de drogas. É comum se
relacionar o uso de drogas a filhos de pais separados. Não existe nenhuma
comprovação de que este seja um facilitador do uso. Afirmativas como esta se
mostra preconceituosas e poucos sensíveis à realidade de cada família com suas
potencialidades, fragilidades e possibilidades de superação a partir dos recursos
que possuem. Importam mais os vínculos afetivos estabelecidos e a confiança
entre os membros.
O
que facilita o uso de drogas?
Não
existe ‘receita’ que mostre uma forma de evitar o uso indevido de drogas nem
uma combinação de fatores que irá, necessariamente, alcançar determinado
resultado. Não se pode afirmar que um adolescente filho de pais que vivem
juntos, que frequenta a escola e tira boas notas não será um usuário de drogas.
Pode ser e pode não ser. As generalizações são arriscadas e podem estar
equivocadas. É indispensável conhecer cada realidade.
Estabelecer
regras fixas para saber se um comportamento vai acontecer é inadequado, mas é
possível identificar possibilidades, circunstâncias sociais ou características
da pessoa que a tornam mais vulnerável ao uso de drogas. São
fatores que, ao estarem presentes, aumentam a probabilidade (possibilidade) do
uso de drogas. Estes fatores, chamados fatores de risco, podem
estar na própria pessoa, em sua família, na escola, no trabalho, no bairro onde
mora, na mídia, na sociedade. Eles estão inter-relacionados e interferem no
comportamento da pessoa de uma forma integrada e não isoladamente.
São
exemplos de fatores de risco: auto-estima baixa, ansiedade, insegurança, pais
(ou responsáveis) que abusam das drogas, relações autoritárias na família,
ambiente escolar desmotivador, falta de regras claras sobre o uso de drogas,
desvalorização na escola ou no trabalho, fácil acesso às drogas, publicidade
incentivadora do consumo, para citar alguns.
Há
como evitar o uso indevido de drogas?
O
mundo das certezas não existe, mas há situações que podem ser aliadas da
prevenção e nós da Equipe Rede Renova Vida temos feito isso com muito amor.
Já
foram identificadas circunstâncias que tornam menos provável o uso de drogas.
São os fatores de proteção que, assim como os fatores de
risco, podem estar na própria pessoa, em sua família, no trabalho, na escola,
na comunidade, na mídia, na sociedade e atuam de forma inter-relacionada. São
menos vulneráveis ao uso pessoas autônomas e com boa auto-estima, que acreditam
nos próprios potenciais, sabem fazer escolhas com responsabilidade, lidam com
suas frustrações como aprendizados, têm adultos de referência que dialogam
sobre a vida, que mantêm uma relação de autoridade sem autoritarismo, acesso a
informações sobre as drogas, envolvimento em atividades sociais solidárias,
acesso ao trabalho e ao lazer.
Para
quem tem medo de que o (a) filho (a) use drogas
Ter
medo de que o filho venha a ter problemas com o uso de drogas é compreensível.
O consumo de drogas implica em riscos com relação à saúde física e mental, aos
relacionamentos, ao desempenho escolar, à segurança, dentre tantos outros.
No
entanto, as drogas estão aí e o desafio é saber conviver com elas sem se
envolver de maneira perigosa. O primeiro passo é estar atento e
acompanhar de perto as crianças e adolescentes, suas atividades, emoções,
manifestações, amizades e mudanças de comportamento. Isto deve ser feito como
uma forma de participar da vida deles, não como um controle e interferência nas
suas ações. O diálogo e a reflexão devem ser a base do relacionamento
entre adultos e crianças e jovens.
Conhecer
objetivamente o que são drogas, quais as mais usadas, quais os riscos do uso
ajuda a não mergulhar nos pensamentos alarmistas muitas vezes divulgados pela
mídia ou disseminados em preconceitos.
É
importante educar as crianças e adolescentes com regras claras sobre o que é e
o que não é permitido na família e na sociedade, incentivá-los a vencer
desafios com responsabilidade, contribuir para que tenham uma boa auto-estima,
acreditando em si mesmos, valorizando seus potenciais e, sempre que as
oportunidades surgirem, conversar sobre as drogas de uma forma aberta,
esclarecendo suas dúvidas. Educá-los para fazer escolhas saudáveis e
responsáveis, como a alimentação equilibrada, a prática de atividades físicas,
os cuidados com o corpo, a prevenção de acidentes e comportamentos arriscados,
a cultura da paz e da solidariedade, a escolha profissional e de um projeto de
vida, as ações cidadãs.
Buscar
uma relação próxima e afetiva é de grande valia na prevenção do uso de drogas,
lembrando que diálogo e compreensão não significam cumplicidade e aceitação de
todos os comportamentos.
Algumas
perguntas podem contribuir para os pais e outros adultos refletirem sobre sua
relação com o filho.
O que ele tem vivido?
Com o que sonha?
Quais são seus medos?
E suas frustrações?
O que gosta de fazer?
Com quem conta?
Com o que sonha?
Quais são seus medos?
E suas frustrações?
O que gosta de fazer?
Com quem conta?
Perguntas como essas possibilitam aos pais
conhecerem mais de si e de seus filhos. Conhecer possibilita compreender e
desenvolver uma relação mais próxima pela troca de experiências de vida e de
visões enriquecedoras para todos.
O
medo de o filho vir a usar drogas pode levar a discursos moralistas,
amedrontadores. Eles geram um clima de tensão e costumam não ajudar. Outra
possibilidade de reação, que também não é eficaz, é “fingir” que as drogas
estão distantes, não fazem parte do contexto próximo.
Os
pais devem buscar se informar sobre as drogas para poderem conversar com os
filhos de forma aberta e não preconceituosa, em nosso site temos muitas
informações importantes que podem te ajudar (WWW.renovavida.com.br). As
oportunidades surgem no convívio, como ao assistir um noticiário, conversando
sobre algum fato que envolveu o uso de drogas na vizinhança ou na família. O
diálogo ajuda a família a conhecer-se melhor e criar um ambiente mais saudável,
no qual os fatores protetores da família sejam fortalecidos.
É
fundamental que a criança e o adolescente saibam o que a família aceita ou não
e transmitir esta informação para os filhos com clareza e autoridade (não com
autoritarismo ou violência). A base de tudo é criar um clima de confiança e
acreditar nos filhos e na sua possibilidade de autonomia e responsabilidade.
O
que fazer se filho (a) está usando drogas
O
passo inicial (e primordial) é manter a calma. Respirar para refletir e tomar
as melhores decisões. Confrontos e críticas são, geralmente, um mau começo de
conversa. Acolher e demonstrar afeto são um caminho mais eficaz. É importante
evitar visões pessimistas, julgando que qualquer uso de drogas leva ao fundo do
poço, e buscar primeiro conhecer e compreender. Muitas vezes trata-se de um uso
passageiro, fruto da curiosidade, e um diálogo aberto pode ser decisivo na sua
continuidade ou não.
O
que de fato está acontecendo?
É
importante identificar, preferencialmente em diálogo com o filho: qual droga
(ou drogas) ele usa? Há quanto tempo? O que o motivou o uso? Onde ele tem
acesso a elas?
Embora
haja substâncias que integram uma mesma categoria “drogas” há diferenças entre
elas e diferentes tipos de uso e motivações. Buscar conhecer sobre a droga
utilizada pelo filho é um passo importante para conversar com ele a partir de
informações corretas, estamos inteiramente disponível 24H para auxiliar e fornecer
informações que possam lhe auxiliar. (17) 3013-1017
O
uso de drogas pode ser motivado pela curiosidade, necessidade de ter um grupo
de amigos, insegurança, falta de perspectiva para o futuro, timidez,
dificuldades de lidar com frustrações, para citar alguns. O consumo pode estar
escondendo essas motivações e conhecê-las contribui para a família desenvolver
formas para lidar com o uso, tanto buscando apoio entre si como em ajuda
externa.
Fundamental
também saber quando o uso iniciou, com qual frequência é feito, pois usar
drogas implica em riscos, mas nem todo uso é dependência. Há diferenças entre
usar, abusar e estar dependente. Jovens maiores de 18 anos que consomem
pequenas quantidades álcool em uma festa, intercalando bebidas alcoólicas e não
alcoólicas, que bebem após terem feito uma refeição e não vão dirigir após o
consumo, podem estar fazendo um uso não prejudicial da droga. Os medicamentos
para depressão, diminuição da ansiedade ou utilizados como anestésicos, quando
prescritos por um médico, também ilustram um uso de drogas adequado.
O
abuso implica em riscos ou danos significativos, como envolver-se em acidentes
de carro ou outros, ter a saúde, as atividades escolares ou de trabalho e as
relações sociais prejudicadas pelo uso de drogas. O abuso pode ocorrer tanto
com o uso contínuo como numa única ocasião. É o caso de beber e dirigir, usar
drogas e agir com violência ou usar uma quantidade muito grande do álcool ou de
outra droga numa mesma situação.
A
dependência pode ser identificada em pessoas com dificuldade de parar ou
diminuir o uso por decisão própria apesar de identificarem prejuízos. Elas têm
uma grande necessidade de consumir a droga, é a chamada “fissura”. Usar a droga
ganha uma importância tal que o dependente abandona outras atividades que
considerava prazerosas e focaliza no uso da substância. A dependência pode
ocorrer com o uso prolongado de drogas, como álcool, cigarro, maconha, cocaína,
crack, medicamentos para controlar a ansiedade ou para emagrecer dentre outras.
Requer atendimento especializado. www.renovavida.com.br
Há
casos em que o uso provoca desmaios ou convulsões. Em situações de emergência é
preciso manter a calma, colocar a pessoa numa posição lateral para não se
engasgar e mantê-la longe de objetos com os quais possa se machucar. Entrar
em contato com o serviço de emergência imediatamente ou ligue 24H para a
central de atendimentos (17) 3013-1017 Fixo ou (17)99149-9187 Claro Whats.
Onde
há problemas há também soluções
Prevenir
e lidar com o uso de drogas na família é papel de todos. Não só dos pais. Os
desafios podem ser enfrentados com os recursos disponíveis ou que possam ser
desenvolvidos. Buscar identificar com o quê cada pessoa pode contribuir já é
uma ação de cuidado. Além disto, a família pode buscar apoio externo em grupos
de ajuda mútua, em nossa Rede Renova Vida, serviços de prevenção à saúde,
atividades de lazer em conjunto ou serviços especializados, quando necessário.
Equipe Renova Vida.
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